DIFICULDADE PARA ORAR

A oração como prática diária e repetida ao longo do dia nos remete a analise de que, a realidade dessa devoção é rara em muitas pessoas. YANCEY afirma:

Por natureza, sou refratário a técnica, especialmente às que se referem a disciplinas espirituais. Prefiro manter meu relacionamento com Deus sem plano algum. O problema é que, toda vez que sigo um desses caminhos idealistas, Deus acaba ficando de lado. (YANCEY, 2007, p. 353)

A prática devocional requer das pessoas, determinação e disciplina, o uso de horários marcados para a prática, pode soar como sendo, apenas um papel a cumprir, sem que se tenha vontade de está naquela hora orando. Os pensamentos se distraem e a realidade é que se esquece de orar.
A falta de uma vida devocional, em especial, a falta de oração, leva-se a uma vida de mediocridade, pois a Palavra de Deus ensina no livro de Tiago que não temos, ou não recebemos as dádivas de Deus por que não pedimos: “Não tendes, porque não pedis” (Tiago 4.2).
A realidade desse comportamento relapso são de pessoas que não conseguem crescer espiritualmente, tornando-se deficientes em meio a uma sociedade de crentes. A deficiência espiritual remete-se a decadência espiritual, pois com o passar do tempo se definha e apaga. HALLESBY traz uma realidade que corrobora com essa realidade de deficiência na oração:

Tem ele tudo o de que necessitamos, e nada Lhe é mais grato do que enriquecer-nos de Suas dádivas. Mas, nós não Lhe pedimos. Não temos tempo, dizemos nós. ou nos esquecemos de orar. O resultado é que nos arrastamos no lar e na sociedade dos crentes como aleijado ou anões espirituais, espiritualmente subnutridos e debilitados, mal tendo forças com que suster-nos de pé, quanto mais para lutar contra o pecado e servir ao Senhor. (HALLESBY, 1948, p. 30)

Partindo do conceito de pecado de Grudem, onde diz que: pecado é deixar de se conformar à lei moral de Deus, seja em ato, seja em atitude, seja em natureza. Então se pode conjecturar que deixar de orar por negligencia é um pecado que se comete por crentes, ao colocar varias outras coisas em primazia.
São inúmeras as oportunidades de orar, mas se coloca tantas dificuldades que a prática realmente não se torna realidade na vida dos crentes. Pode-se realmente o homem natural sentir o desejo de orar, mas o que não pode é relegar esse desejo para os momentos de oração.
Há aqueles que consideram o ato de orar, uma ação penosa, a natureza humana, realmente não coaduna com a natureza divina, mas uma vez reconciliado com o Pai, tem-se a oportunidade de mudar o quadro de apatia espiritual e praticar a oração.
Quando se converte, a prática da oração se torna um momento especial e alegre, mas ao passar do tempo, essa pratica vai tomando um gosto amargo e se torna um pesar. Ao colocar a oração como propósito do dia, e do intelecto marca hora e tempo de oração, o que era penoso e difícil se tornará um hábito e fácil de fazer. No mundo natural aprende-se que toda ação existe uma reação, no mundo espiritual, não e diferente, no livro de Gálatas no capitulo seis e versículos sete e oito diz: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.” (Gl 6. 7).
Esse texto remete a pratica de misericórdia para com os outro, de fazer o bem a todos, como também uma prática que agrada ao Senhor, porém pensando-se no aspecto de que a oração é uma prática que remete a devoção com Deus e uma intimidade, que suscitara uma resposta de Deus, então se plantar oração, os produtos a ser colhidos serão os pedidos e maior intimidade com o Pai.
Dois requisitos são essenciais para levantar uma vida de oração, um é a PRÁTICA, pois sem prática, ninguém poderá ser aclamado homem ou mulher de oração. Outra é a PERSEVERANÇA.