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Saudações amados amigos, sou o Presbítero Junior, estou agora como obreiro na Congregação da II Igreja Congregacional de Campina Grande em São Vicente do Seridó - Paraíba.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

O QUE É A PASCOA: FESTA PAGÃ, JUDAICA OU CRISTÃ


Por: Weber Firmino Alves

1) O que há de pagão na festa da páscoa contemporânea?
A páscoa como vivenciada em nosso tempo é muito mais uma festa comercial e pagã do que uma festividade bíblica ou cristã. A indústria dos chocolates investe abundantemente nos coelhinhos e ovos achocolatados, os devotos romanos dão-se à abstenção de carne, consumo de peixes, jejum etc. Entretanto, a páscoa, segundo o registro bíblico - e foi lá que ela começou, não teve nenhuma destas parafernálias. O próprio coelho estava enquadrado entre os animais imundos do Velho Testamento que não poderiam ser consumidos (Lv. 11.5; Dt.14.7).

2) O que era a páscoa no A.T.?
A palavra páscoa vem do hebraico pãsah e do grego pascha que significam, literalmente, “passar por cima ou por alto” e é usada para designar a festa judaica instituída por Deus na ocasião da saída do povo de Israel do Egito, marcando a sua libertação. A sua instituição está registrada em Êxodo 12. Os elementos desta páscoa não era o coelho, ovo de chocolate, e nem mesmo o peixe, mas o cordeiro (assado), os pães asmos (sem fermento) e as ervas amargas (Ex. 12.8). Nesta festa ninguém se abstinha de carne, antes a consumia. Na noite anterior à saída do Egito, os judeus colocaram do sangue do cordeiro sobre os umbrais de suas portas (12.7) para servir de sinal, pois o Senhor passaria no Egito e mataria os homens ou animais primogênitos dos egípcios (12.12,13), mas vendo o sangue, literalmente, passaria por cima. De alguma forma, o cordeiro sacrificado substituiria o primogênito. Foi justamente isso que ocorreu, à noite o Senhor feriu o primogênito dos egípcios e grande foi o clamor dos egípcios (12.29,30). Neste mesmo dia os judeus saíram quase que expulsos do Egito (Êxodo 12.31-38). Desde então a festa deveria ser realizada anualmente no dia quartoze do primeiro mês do ano judaico como um memorial (Ex. 12.26,27).

A páscoa judaica tinha um sentido duplo: olhava para traz, o livramento dos primogênitos, mas implicitamente também olhava para frente, o sacrifício de Cristo como livramento dos eleitos de Deus. A páscoa cristã, portanto, considera Cristo como nossa páscoa e é isto que o apóstolo Paulo nos diz em I Coríntios 5.6: “…Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”. Se ele já foi sacrificado, o foi uma vez por todas (Hb. 10.10-14,18) e, assim o crente não mais precisa oferecer um cordeiro, pois Ele foi o cordeiro de Deus oferecido pelos nossos pecados (Is. 53.7; Jo. 1.29). Ele pagou o nosso pecado e nos trouxe a salvação, o perdão e o livramento dos inimigos de nossa alma (1Ts. 1.10; Hb. 12.22-24). Agora, então que apenas nos acheguemos confiadamente a Ele, e “retenhamos firmes a confissão de nossa esperança; porque fiel é o que prometem” (Hb. 10.23). Que nossos asmos, como disse Paulo, sejam os “da sinceridade e da verdade” (1Co. 5.8). Se algum crente costuma dar a seus filhos coelho ou ovo de chocolate neste período, que o faça esclarecendo que isto é apenas chocolate, mas que a cerca de 2.000 anos atrás Jesus deu o seu sangue por nós, sendo Ele o nosso cordeiro pascoal. Que Deus nos abençoe e nos ajude a proclamarmos sempre Cristo, Senhor e Salvador nosso.

Weber Firmino alves é pastor da Igreja Evangelica Congregacional El-Shaddai na cidade de Esperança - PB, formado pelo Betel Brasileiro é professor de portugues e de teologia, como também vice-diretor da EMES (seminário em Campina Grande-PB).

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